No próximo dia 29 de março, o artista plástico Felipe Risada se une ao Ganja Talks numa live paint especial para a criação de uma nova linha de camisetas da marca. Risada, que é paulistano, criará ao vivo um desenho que vai estampar as novas peças, utilizando materiais e técnicas variadas. Durante a pré-venda das camisetas, 25 peças serão enumeradas e autografadas exclusivamente para os compradores.

O artista plástico possui uma longa carreira nacional, com grandes parcerias no currículo e diferentes vertentes de trabalho. No perfil pessoal do Instagram (@felipe_risada) é possível acompanhar as principais novidades, encomendar trabalhos e adquirir produtos do artista. Além dessa conta, Felipe ainda possui uma página de design gráfico (@suco.grafico), um site (www.rolinhobros.com) e participação nos projetos de #freakbikes e #tallbikes, através do perfil @os.mais.chave, com venda de camisetas e gravuras.

O que é “Live Paint”?

Live painting é uma forma de arte de performance visual em que o artista completa uma peça de arte em uma performance pública. A obra de arte que é criada ao vivo pode ser planejada ou improvisada. Esta forma de arte, ao vivo, muitas vezes, é contrastada com composições de arte mais estudadas do mesmo artista, que geralmente é executada em um estúdio ou outro espaço privado.

Para entender mais sobre essa nova parceria entre Felipe Risada e Ganja Talks, nós batemos um papo com o artista.
Acompanhe a entrevista:

Como surgiu seu envolvimento com as artes plásticas?

Ah, vem da base, da raiz. Desde criança, sempre gostei de desenhar. O desenho foi e é o meu diferencial. Pra onde me levavam, eu ficava bem com um papel e uma caneta, e foi muito natural. É mais forte que eu, vem de dentro, sonho com desenho, penso em desenho, crio na mente desenhando, enfim a essência é essa.

Já tinha trabalhado antes com o tema da ganja? O que significa para você unir essas duas paixões?

Ah, sempre que posso faço referência e reverência à planta nos meus trabalhos. Vou à Marcha (da Maconha) desde a primeira (edição), já fiz trabalhos em tabacarias e grower shops como Inca Head Shop, fiz trampos com marcas como Yellow Finger e outras tantas da cena de rua e, agora, com vocês do Ganja Talks.

De onde vem a inspiração para os seus trabalhos? Quem e o quê são suas referências?

Eu acredito que sofro influência gráfica de todo visual que vejo na rua, desde os ‘pixos’ até logotipos populares, rótulos embalagens de supermercado, personagens comuns de serviços prestados tipo chaveiro, gelo, tantos outros. Minha referência como artista, posso falar, é o Angeli – cartunista brasileiro, criador de Bob Cuspe, Re Bordosa e tantos outros.

Como você bem adiantou, você e o GT vão trabalhar, logo mais, em um projeto juntos. O que as pessoas podem esperar dessa parceria?

Fiquei muito honrado com o convite de fazer a próxima estampa de camiseta do Ganja Talks. Eu tenho aquela primeira coleção com a estampa da lata! À princípio, quando me chamam pra uma colab, eu simplesmente crio uma arte especial, vetorizo e envio pra eles estamparem, mas conversando com a equipe do GT, foi mencionado que as peças deveriam ser bem autorais, com minha essência, e que uma pintura de rolinho seria interessante, então acabamos pensando numa ação a partir de uma live, como eu costumo fazer, todas as quintas-feiras, com o Pancho Trackman. Mas, dessa vez, será numa segunda-feira e trocando uma ideia com o João Paulo Costa, do Ganja Talks, enquanto faço a pintura na parede.

Não é a primeira vez que você realiza uma colab né? Qual a importância desse tipo de projeto para você e sua carreira?

Acredito que é a soma total! Os dois públicos e as identidades fazem isso crescer e ser valorizado ainda mais. Colabs são especiais porque une os artistas às marcas numa “participação especial” para desenvolverem algo novo juntos. É como se fosse “colocar mais tempero e engrossar o caldo”.

Quais outras novidades quem te acompanha pode esperar para esse ano?

Ah, muita coisa vai rolar! Estou tentando fazer valer cada segundo. Essa pandemia veio para repensarmos muitas coisas e acabei focando, cada vez mais, nas minhas criações, lançamentos e produtos de variados ramos, então não posso dar muito spoiler, mas vai ser tipo “cama, mesa e banho”, “barba, cabelo e bigode”.

Vivemos um momento complicado no Brasil em relação à ganja enquanto no resto do mundo, tudo parece fluir melhor. Quais são suas expectativas em relação à legalização, por exemplo?

Pergunta triste e realista essa, hein? Olha o Brasil está atrasado em quase tudo, é difícil ter esperança de legalização da planta num país com um governo desses né? Nossos vizinhos, aqui do lado, são tão mais evoluídos. Aqui o que impera é a falcatrua, pilantragem, roubalheira, por isso não legaliza. Eles não querem largar o osso, porque se legalizarem pode virar um mercado que todo mundo pode participar né? Continuamos sonhando com esse dia!

Onde o Felipe Risada ainda quer chegar? E como seu trabalho com a arte te auxilia nesse objetivo?

Acho que, no momento, tudo que eu quero é uma melhoria para todos, principalmente em relação à vacina e o “vírus” do governo. Mas, enquanto isso não chega, tento levar a vida fazendo meus trabalhos de artes gráficas, de logotipos, estudando, desenhando muito, pesquisando materiais, técnicas, processos etc. Através disso, vou entendendo qual caminho seguir.

Quais as dicas que você dá para quem pretende seguir o mesmo caminho que você?

Faça por você mesmo! Seja insistente, persistente e muito paciente. Tipo ‘você não fica forte treinando um dia na academia, você não vai andar bem de skate se não praticar’. Na arte é a mesma coisa. Por isso, pratique muito, desenhe, estude, pesquise, corra atrás da sua identidade e seja sempre gentil.

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