A revolução verde já avançou e a prova disso é o interesse que grandes nomes do mercado de entregas têm demonstrado quando o assunto é cannabis.
Recentemente, a Amazon adotou postura flexível, ao decidir parar de testar seus colabores para cannabis. A gigante mundial de distribuição emprega cerca de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, e nos últimos anos enfrentou ações judiciais de trabalhadores que foram demitidos por usar cannabis medicinal, de acordo com a lei federal.
A mudança de um dos maiores empregadores dos Estados Unidos tende a promover redução significativa no número de trabalhadores ameaçados de demissão por serem usuários de cannabis em seu tempo pessoal e livre, quando não estão em atividades de trabalho. Afinal, quem usa maconha consegue ser um trabalhador saudável, feliz e produtivo ao mesmo tempo que é um usuário.
Além da benfeitoria social, a postura tende a ser um grande negócio. As leis estaduais estão mudando nos EUA e já não é mais cabível agir como no passado, quando muitos empregadores, inclusive eles, desqualificavam pessoas aos cargos de trabalho quando testavam positivo para o uso de cannabis.
A partir de agora, a questão da cannabis será tratada da mesma forma como trata o uso de álcool. Contudo, isso não exclui as práticas de verificação de deficiência no trabalho, bem como a atuação com testes para todas as drogas, incluindo cannabis e álcool, após qualquer incidente.
Outro fator de destaque é a manifestação do lobby que a Amazon pretende aplicar no Congresso, para aprovação do projeto de lei que legalizaria a cannabis federalmente. O projeto foi apresentado na semana passada.
Importante ressaltar que a Amazon é hoje a maior empresa do mundo, avaliada em mais de $400 bilhões, e sua postura não proibicionista representa um forte avanço na maior aceitabilidade da cannabis.
Esse movimento é acentuado quando recordamos que, há pouco tempo, outro grande nome do mercado de entregas também demonstrou interesse no mercado verde.
Em março deste ano, o CEO do Uber, Dara Khosrowshahi, disse à CNBC que sua empresa exploraria a entrega de cannabis se houvesse a legalização em nível federal nos Estados Unidos.
A Green Rush está mais forte do que nunca e, cada vez mais, os impactos dessa revolução alcançam mais pessoas.