Cada vez mais Estados americanos estão legalizando ou descriminalizando o uso da cannabis, seja medicinal ou recreativo.
Isso faz com que empresas tenham que lidar com a possibilidade de empregados testarem positivo para erva, afinal, é possível que os colaboradores façam o uso em seu tempo livre ou nas férias, e caso seja detectada a presença de cannabis, a situação acarretará em demissão.
Além disso, as leis de regulamentações são conflitantes e especialmente complexas para empresas multinacionais, ou ainda, nas que operam em diferentes regiões dos Estados Unidos.
Recentemente, a Amazon adotou postura flexível, ao decidir parar de testar seus colaboradores para a cannabis. A gigante mundial de distribuição emprega cerca de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, e nos últimos anos enfrentou ações judiciais de trabalhadores que foram demitidos por usar cannabis medicinal, de acordo com a lei federal.
A mudança de um dos maiores empregadores dos Estados Unidos tende a promover redução significativa no número de trabalhadores ameaçados de demissão por serem usuários de cannabis em seu tempo pessoal e livre, quando não estão em atividades de trabalho. Afinal, quem usa maconha consegue ser um trabalhador saudável, feliz e produtivo ao mesmo tempo que é um usuário.
Entretanto, a gigante dos automóveis General Motors, ainda não avançou rumo aos dias de respeito e legalidade aos hábitos e opções de consumo dos colaboradores, e por isso, enfrenta um problema um tanto quanto curioso em suas fábricas no estado norte-americano de Michigan.
De acordo com a publicação local Detroit Free Press, uma boa parte dos candidatos não se encaixa no grupo ideal da marca, seja por não conseguir passar no teste de drogas da montadora, que inclui exames de cannabis, seja pela rejeição ao salário inicial abaixo de US$ 17 (R$ 85) por hora.
Em Michigan, o uso de maconha é permitido pela lei do estado de desde 2008, tanto para fins medicinais quanto para fins recreativos.
Porém, a General Motors proíbe o uso da cannabis para seus funcionários em todas as cinco fábricas sediadas no estado. De controle rígido, com a realização de exames de drogas em funcionários por amostras de cabelo, fica impossível driblar os testes toxicológicos.
Segundo informações do sindicato United Auto Workers, quando os candidatos em potencial descobrem que os testes incluem maconha, eles simplesmente não aparecem para a entrevista.
Situações assim, nos colocam a prova de que existe sim uma grande maioria que não abre mão da sua medicina natural, para se encaixar em vagas de trabalho. Tal reflexão, nos revela ainda mais, o potencial de escolha e a autovalorização do bem estar. Bem como a grande necessidade dos usuários se assumirem canabistas, para assim as políticas internas de empresas, e até as políticas públicas, voltem-se à pauta canábica com o respeito e reconhecimento que a planta merece.
Afinal, a cannabis salva e o movimento verde tem ganhado cada vez mais espaço.