A psilocibina, enteógeno presente em alguns tipos de cogumelos, já teve seus usos terapêuticos explorados no passado, mas tornou-se ilegal sob o regime internacional de controle de drogas da ONU em 1971.

Atualmente, os psicodélicos estão passando por um momento de renascimento, diante das confirmações, comprovadas por pesquisas científicas, dos seus potenciais no tratamento de pacientes com transtornos psicológicos, como ansiedade, depressão e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), em casos onde outras terapias mais tradicionais não funcionam.

Tratamentos com psilocibina

Em entrevista a Global News, Laurie Brooks descreve sua experiência no tratamento com psilocibina.

Com 54 anos, mãe de quatro filhos e moradora de Abbotsford, no Canadá, Laurie foi diagnosticada, em 2018, com câncer de cólon e, infelizmente, ao ser descoberto, o câncer já havia avançado rapidamente

Segundo Brooks, suas experiências psicodélicas lhe permitiram aprender mais sobre si mesma e lidar com seu diagnóstico de câncer.

Esse é apenas um dos muitos casos que mostram os benefícios dos psicodélicos em tratamentos psicológicos.

Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, publicaram resultados do primeiro ensaio clínico controlado e randômico sobre o tratamento de casos graves de depressão com psilocibina sintética.

Publicado na revista JAMA Psychiatry, foi descoberto que 71% dos pacientes tiveram “respostas clínicas significativas” na primeira semana do estudo, enquanto 54% relataram total redução da depressão na quarta semana do ensaio clínico.

Regulamentação

Fica claro que as propriedades terapêuticas presentes na natureza concentram, em si, a resposta para diversas pessoas. O que atrasa o avanço no assunto, infelizmente, ainda é o contexto de proibição e reprovação da temática de “drogas” não só no Brasil, mas também no escopo de controle internacional de drogas.

Mas desafiando o regime, o estado norte-americano do Oregon fez história no ano passado, ao se tornar não só o primeiro estado dos Estados Unidos a legalizar a psilocibina, mas também por liderar, à nível mundial, o diálogo sobre a regulamentação do uso medicinal da substância, mostrando que há esperança para quebra do estigma em torno dessas substâncias.

A esperança deve permanecer ativa, tendo em vista os pacientes que ainda serão beneficiados com a regulamentação das substâncias terapêuticas naturais.

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