O CBD tem sido utilizado para diversas finalidades devido aos seus potenciais terapêuticos comprovados. 

No Brasil, é possível comprar medicamentos importados à base do canabidiol ou conseguir o óleo de CBD através das associações de pacientes. Alguns pacientes possuem autorização para plantar e extrair o óleo em casa também.

Você já teve curiosidade em saber como é feito o óleo de canabidiol?

A gente explica. 

Cultivo e colheita

No caso de empresas, a maioria das vezes, a cannabis cultivada para extração do CBD tem menos de 0,3% de THC, sendo classificada como cânhamo. Isso acontece porque a própria legislação do país permite o cultivo e produção apenas desse tipo de maconha. 

No caso de cultivo caseiro e de associações, geralmente, a planta acaba sendo cultivada da maneira tradicional. 

Idealmente, a planta deve ser cultivada sem pesticidas, de forma orgânica.

(Imagem: reprodução Medical News Today)

O bom de cultivar a maconha com baixos níveis de THC é que suas flores têm os níveis mais altos de CBD. 

Em alguns casos, antes de ser colhida, a flor é testada para garantir que os níveis de THC sejam inferiores a 0,3%. 

Se forem aprovadas, as flores são colhidas e é verificado se há resíduos de pesticidas, metais pesados ​​e contaminantes microbianos. Isso quando a plantação é em maior escala. 

Após a colheita, as flores devem secar e curar por 3-4 semanas.

O resto da planta pode ser usado como biomassa. Além disso, uma parte pode ser usada como alimento ou para fazer outros produtos.

Após esse processo, as flores secas agora estão prontas para o processo que “extrai” o CBD (junto com outros canabinóides e terpenos).

(Imagem: reprodução News – Medical)

Extração

A extração depende das características físicas e químicas do que está sendo extraído. 

No caso do CBD, isso geralmente significa processos de extração com etanol ou dióxido de carbono, além de alguma forma de destilação.

Durante a extração com etanol, a planta seca é colocada em uma solução de álcool e deixada de molho por um período de tempo. O CBD, outros canabinóides e terpenos se dissolvem em etanol, deixando para trás material vegetal fibroso.

A extração de dióxido de carbono usa baixas temperaturas para extrair o CBD (junto com os outros componentes da planta). Requer um equipamento mais caro, mas produz um produto final muito puro.

Muitas vezes, a primeira extração é seguida por um processo de destilação fracionada, que se baseia nas diferenças nos pontos de ebulição dos vários canabinóides e terpenos.

O produto final geralmente é um óleo muito espesso ou sólido, dependendo do processo usado.

O destilado contém concentrações muito altas de CBD, o que torna mais fácil diluí-lo até os níveis necessários em várias formulações, como óleos, tinturas, cápsulas ou cremes.

Uma etapa adicional de fracionamento ou destilação pode ser usada para remover qualquer THC residual. Isso transforma o óleo de “Full Spectrum” em óleo “Broad Spectrum“.

(Imagem: reprodução Twincraft)

Os terpenos também podem ser removidos por meio de outras etapas de destilação, fornecendo CBD puro. O isolado de CBD pode ser obtido por secagem dessas frações de óleo CBD puro.

A propósito, se o produto se destina a ser “THC zero”, ele pode passar por ainda mais extrações e etapas de destilação.

Elaboração do óleo

A partir do destilado de CBD, cada empresa ou associação tem um método próprio para elaborar o óleo. 

Mas, de maneira geral, o óleo pode ser produzido diluindo um destilado de CBD altamente concentrado em óleos carreadores e, às vezes, com sabores ou ingredientes adicionais.

(Imagem: reprodução The Conversation)

Esses ingredientes podem ser outros botânicos como valeriana (se o óleo se destina a ajudar as pessoas a dormir) ou outro botânico como óleo de laranja (para um aumento de energia) ou aminoácidos como l-teanina (também para ajudar a adormecer).

Algumas empresas usam isolados de CBD (CBD puro na forma sólida) e os adicionam a óleos carreadores, sabores ou outros ingredientes.

Nesse caso, os óleos carreadores podem ser óleos de coco, óleo de semente de cânhamo, semente de uva ou outros óleos.

O CBD se dissolve facilmente em óleos, e os óleos graxos podem melhorar a absorção e a biodisponibilidade do CBD. Às vezes, óleos como laranja ou limão são usados ​​para “encobrir” o sabor de cânhamo dos óleos puros de CBD.

Envase e teste de qualidade

(Imagem: reprodução Live Science)

Dependendo do tipo de produto, pode ser embalado em frascos e recipientes de vidro ou plástico. 

Eles devem ser rotulados com a concentração do canabidiol e lista de ingredientes, junto com as instruções de uso e outras informações.

O ideal é que durante ou processo ou com o produto final sejam feitos testes para garantir a qualidade e atestar as propriedades do óleo. 

Produção caseira

Para quem tem autorização para cultivar e extrair o óleo em casa, o processo é mais simples.

(Imagens extraídas de matéria do Estadão, disponível no YouTube)

As associações também tendem a adotar um processo mais simplificado do que grandes indústrias produtoras de CBD, que devem atender padrões rígidos de extração:

1 COMENTÁRIO

  1. Muito interessante e muito bem explicado, parabéns pelo artigo.
    Quanto mais soubermos sobre o canabidiol e seu uso terapêutico, menos preconceito teremos.
    Obrigada por compartilhar ♥

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