A palavra ”droga” é polêmica, mas caracteriza substâncias que causam alterações no organismo, o que engloba substâncias ilícitas e lícitas.
Tais substâncias sempre acompanharam a humanidade, e existem até museus criados em torno do tema.
Os museus têm o importante papel de conservar e divulgar a história, através da arte ou através de registros históricos, preservados como provas de acontecimentos ao longo do tempo.
Ao redor do mundo, alguns museus foram criados a fim de revelar histórias e facilitar a compreensão dos acontecimentos em relação às drogas.
Preparamos uma lista com 6 museus dedicados ao tema.
1. Hash Marihuana & Hemp Museum (Barcelona e Amsterdam)
Considerado um dos mais importantes museus dedicados à cannabis no mundo, o Museu do Hash e do Cânhamo (em tradução literal) abriga exposições exclusivas em torno da maconha, incluindo a história do planta e explicando exatamente o que é a Cannabis Sativa L.
Uma das exposições mais interessantes leva os visitantes à fundo na Guerra às Drogas, ilustrando a proibição em todo o mundo.
A coleção do museu é composta por artefatos raros relacionados a todos os aspectos da história e cultura da maconha.
Além das exposições, o museu também funciona como um centro de conhecimento e facilita a pesquisa científica.


2. LSD Museum (Califórnia, EUA)
O Museu do LSD, como é conhecido, na verdade surgiu do Institute of Illegal Images (Instituto de Imagens Ilegais).
Mark McCloud, um entusiasta do Ácido Lisérgico, criou uma coleção admirável de imagens presentes no papel que carrega o ácido, e criou uma exposição em sua casa, localizada em São Francisco, Califórnia, aberta ao público. Foi assim que nasceu o Institute of Illegal Images, informalmente conhecido como Museu do LSD.
O objetivo principal de McCloud é preservar o remanescente legado de 1960, induzido por drogas em São Francisco.
A exposição em sua casa abriga mais de 33.000 papéis de LSD (sem o ácido), apenas as imagens, emolduradas, que são vistas por McCloud como verdadeiras obras de arte.
McCloud já enfrentou processos e já foi investigado pelo FBI e o DEA, mas em todas as vezes foi absolvido, pois seus ”papéis de LSD” não possuem ácido.
3. Museum of Drugs (Reino Unido)
O Museu das Drogas foi fundado em 2008 e é reconhecido internacionalmente como autoridade na história do uso de diversas substâncias.
Lar de uma coleção diversificada de artefatos históricos, o Museu das Drogas mostra a relação humana com as drogas, revelando uma história de polarização, do importante papel das substâncias psicoativas em nosso desenvolvimento evolutivo inicial, até a proibição em tempos mais recentes.
O acervo ajuda a desafiar o estigma e as inconsistências inerentes à legislação, que continuam a ter um impacto adverso nas vidas em todas as fases da cadeia de produção, fornecimento e uso de substâncias ilegais.
O Museu atua como um recurso para acadêmicos, pesquisadores, escritores, estudantes, a indústria da televisão e do cinema e o público em geral.
Além disso, incentiva abordagens de redução de danos e apoia pessoas que estão enfrentando problemas com drogas e álcool a terem acesso aos serviços comunitários.
4. El Museo de Enervantes (México)
O Museu de Narcóticos do México narra a tumultuada guerra do país contra os cartéis de drogas desde 1985.
O acervo do museu conta com armas apreendidas de traficantes de drogas. Entre várias armas de fogo cravejadas de joias, está uma arma folheada a ouro com um retrato em relevo da Virgem de Guadalupe. Também está em exibição um telefone celular incrustado de diamantes que pertenceu a Daniel Pérez Rojas, um dos fundadores do cartel Zetas, considerado um dos mais violentos do país.
As exposições do museu ainda mostram como as drogas são usadas desde os tempos antigos, como a papoula é cultivada hoje em campos de narcóticos, como a heroína é produzida em laboratórios de drogas e como os narcóticos são contrabandeados dentro de tudo, desde donuts e enciclopédias a tanques de propano e animais empalhados.
O único problema desse fascinante museu é que não é aberto ao público. Operado pelo Ministério da Defesa, este “museu secreto” destina-se apenas a uso militar – principalmente no treinamento de novos soldados.

5. Hall of Opium e House of Opium (Tailândia)
Existem dois museus relacionados ao ópio localizados na Tailândia, na área do Triângulo Dourado (norte do país), onde convergem as fronteiras da Tailândia, Laos e Mianmar. A região é conhecida por ser um dos dois maiores produtores mundiais de ópio, junto com o Afeganistão.
O maior, nas colinas, é chamado Hall of Opium.
A House of Opium está localizada na cidade, perto do rio Mekong.
Esse foi fundado em 1990, por um colecionador de parafernália e memorabilia de ópio, chamado Patcharee.
Quando ela percebeu que os itens de ópio estavam se tornando extremamente difíceis de encontrar – com a Tailândia reprimindo o comércio ilegal de drogas – ele transformou a coleção em um museu aberto ao público.
A exposição exibe ferramentas e objetos usados para plantar, colher e comercializar ópio, incluindo cachimbos, balanças, pesos, facas, raspadores. Também inclui algumas lindas flores de papoula, a fonte da produção de ópio.
Juntamente com os objetos da coleção, o museu oferece informações interessantes e fotografias antigas relacionadas à produção e consumo de ópio e ao impacto da droga na vida dos povos da tribo das montanhas.

6. Museu da Farmácia (Portugal)
O Museu da Farmácia foi inaugurado em 1996, em Lisboa, e em 2020 foi aberta uma nova exposição na cidade do Porto.
O Museu da Farmácia leva os visitantes a uma viagem por 5 mil anos de história da saúde.
A sua vasta coleção integra objetos de raro valor artístico, antropológico e científico, apresentando um percurso onde cada civilização é retratada sob uma narrativa de combate à doença e procura da cura e alívio da dor, desde os primeiros vestígios de vida na terra, até aos dias de hoje, passando por culturas e civilizações distintas.
Em Lisboa, foram recriados espaços e ambientes que mostram o desenvolvimento da história e da tecnologia farmacêutica, desde finais do século XV até aos nossos dias.
Do antigo boticário do século XVIII, à Farmácia Liberal no início do século XX, foram feitas reconstruções de autênticas farmácias portuguesas. Também foi feita a autêntica recriação de uma farmácia tradicional chinesa, originária de Macau dos finais do século XIX, e um espaço dedicado à Farmácia Militar.



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