O sistema imunológico (ou imune) é um dos mais importantes para manter nossa saúde funcionando perfeitamente.
E a maconha pode contribuir com esse sistema fundamental.

Como a maconha interage com o sistema imune
O sistema que ajuda a manter o equilíbrio no corpo é o sistema endocanabinóide (SEC).
Composto em grande parte por endocanabinóides, receptores e enzimas, esse sistema ajuda a regular uma variedade de funções humanas, incluindo estresse, humor, memória, metabolismo, digestão, sensação de dor e muito mais.
O SEC não é isolado como outros sistemas biológicos, pois pode ser encontrado em todo o corpo humano e em alguns animais.
Muitas pesquisas têm apostado no potencial do sistema endocanabinóide para combater doenças e vírus.
O SEC é feito de neurotransmissores à base de lipídios, que são basicamente um tipo de mensageiro químico. Esses neurotransmissores viajam através de sinapses químicas ou “estradas especializadas” do sistema nervoso e regulam a atividade celular.
Em outras palavras, o sistema endocanabinóide ajuda a manter um sistema imunológico forte e bem equilibrado.
Os compostos da maconha interagem com sistema endocanabinóide, contribuindo para o sistema imune.
Quando o sistema imunológico é afetado, por uma infecção ou dano físico, o THC e o CBD podem atuar como imunomoduladores – ajudando a regular ou normalizar o sistema imunológico.
Os estudos de saúde e bem-estar mais prevalentes sobre THC e CBD no sistema imunológico estão nas áreas de inflamação e controle da dor.

Mas antes de começar a se medicar com maconha para algum problema de saúde específico, é fundamental consultar um médico para entender como a planta pode ser administrada para ajudar seu caso.
O papel da maconha em reduzir inflamação
A inflamação é a resposta natural do corpo quando há uma atividade que prejudica o organismo.
Quando os glóbulos brancos (nossa primeira linha de defesa) descobrem uma ameaça, na maioria das vezes na forma de bactérias ou vírus, eles transferem a informação. O corpo reage aumentando sua temperatura, criando o que é comumente conhecido como inflamação.
Às vezes, o corpo reage à inflamação quando não há infecção ou trauma. Em suma, o corpo ataca seu próprio sistema imunológico, causando dor, inchaço e rigidez articular. Doenças autoimunes, como artrite reumatoide, doença inflamatória intestinal, doença de Crohn e fibromialgia, se enquadram nesta categoria.
O CBD e o THC se ligam aos receptores canabinóides do corpo, atuando como uma arma na luta contra a inflamação.
Além disso, a cannabis inibe a produção de citocinas, diminuindo a inflamação.
Maconha anti-inflamatória no combate à dor
Como mencionado, devido a atuação antiinflamatória dos canabinóides, a cannabis contribui para as dores musculares, ósseas e articulares provenientes de doenças crônicas, como reumatismo, artrite, e fibromialgia.
Ou seja, assim como a maconha ajuda a reduzir a inflamação, ela faz o mesmo com a dor. O CBD e o THC interagem com os receptores endocanabinóides ligados às células. Os receptores transferem as informações para o cérebro, melhorando, assim, a sensação de dor por meio de um analgésico natural.
Geralmente, os tratamentos para esse tipo de dor envolvem analgésicos tipo opióides que, embora altamente eficazes, levam a efeitos colaterais sérios e até mesmo dependência.

Uma pesquisa sobre o uso de maconha para várias condições de dor crônica relatou resultados positivos sugerindo que o THC e / ou CBD são tão eficazes quanto os opióides no tratamento de alguns tipos de dor crônica.
Um outro artigo aponta que, para alguns pacientes com câncer, o uso de maconha medicinal levou a uma redução de 64% no uso de opióides, melhorou a qualidade de vida e causou menos efeitos colaterais do que os medicamentos tradicionais. Também fez com que os participantes usassem menos medicamentos.
Portanto, a maconha é uma alternativa eficaz e natural para manter nossa saúde e bem-estar. Mas, claro, dependendo da sua condição clínica, é imprescindível fazer acompanhamento médico para usar a cannabis com fins medicinais.
Fonte: The Bluntness