Gorilla Glue (”Cola de Gorila”), Northern Lights (”Luzes do Norte”), Lamb’s Bread (”Pão do cordeiro”), AK-47… De onde vêm esses nomes?

Nomes de strains, como nossos próprios nomes, têm uma história por trás.
Alguns foram passados de pais ou avós ou mesmo tataravós. Outros têm significado temporal, como Sputnik, Pré-98 ou Bubba Kush, marcando um lugar na história. Outros nomes, como Strawberry Cough ou Sweet Dreams, ajudam a antecipar os sabores ou efeitos que estão por vir.
Os primeiros nomes
Inicialmente, cannabis era apenas cannabis (ou maconha, ou ganja ou erva).
Porém, nas décadas de 1960 e 1970, os nomes diferentes para cada cepa começaram a surgir, quando os cultivadores começaram a transportar ”strains originárias” ou landraces por todo o mundo.
Acapulco Gold, Durban Poison, Panama Red, Colombian Gold, Thai, Afghan Kush são apenas alguns exemplos de landraces que se tornaram a base da diversidade genética de hoje.
Essas genéticas ”originárias” – que herdaram um nome baseado em sua origem geográfica – foram, então, cruzadas para desenvolver uma gama maior de cepas. A ideia era unir as melhores propriedades de cada strain em uma nova genética, para criar novos efeitos, sabores, resistência natural a doenças e pragas, maiores rendimentos, curiosidade ou simplesmente por acidente.

A lógica dos nomes
Com essa maior número de híbridas surgindo, cada criador de cannabis passou a adotar um método diferente para nomear sua criação genética.
Geralmente é um nome que combina os nomes das cepas-mãe (que deram origem ao cruzamento). Por exemplo:
- Blueberry x White Widow = Berry White
- Blueberry x Cheese = Blue Cheese
- Critical x Northern Lights = Critical Lights
Outras vezes, o nome de uma variedade representa seus efeitos, como Blue Dream, que combina Blueberry e Haze e proporciona efeitos relaxantes, pode parecer que você está sonhando.
Um nome também pode indicar outras propriedades da cepa. Por exemplo, White Widow, Granddaddy Purple e Super Lemon Haze falam de características físicas como uma abundância de tricomas brancos, folhas roxas coloridas ou um poderoso aroma frutado e cítrico, respectivamente.
Em outros casos, o nome de uma strain pode representar uma homenagem, como Jack Herer ou Ringo’s Gift. Outras podem levar o nome de alguma celebridade, como estratégia de marketing, como é o caso da Khalifa Kush.

Nomes aleatórios
Claro que também existem strains com nomes sem lógica, como Gorilla Glue, Zombie OG e Zkittlez.
Esses nomes são divertidos e chamam a atenção, mas não dizem muita coisa.
Com uma variedade crescente, especialistas acreditam que é necessário uma abordagem mais uniforme para que os consumidores entendam o que estão consumindo.
Outro problema nos nomes de strains é que, às vezes, genéticas diferentes levam o mesmo nome só porque é famoso ou conhecido ou até mesmo é a mesma semente, mas por ser cultivada em locais distintos, acaba originando strains com características distintas. Por exemplo, você pode comprar duas Sour Diesel com algumas características diferentes.
Algumas marcas acabam colocando seus nomes junto para os consumidores saberem um pouco mais sobre a cepa, por exemplo: Artizen Blue Dream e Emerald Jane’s Blue Dream.
Em resumo, pelo fato de não existir um padrão para nomear as strains, fica livre para cada grower e criador de cannabis decidir o significado da genética: seja se o nome vai contar uma história, comunicar alguma propriedade marcante ou seja um nome sem sentindo.
Quer ficar por dentro dos diferentes nomes das genéticas de maconha? Confere o Guia de Strains do Who is Happy!