Parece que o metaverso oferece mais oportunidades à área canábica do que os outros espaços virtuais.

Essa nova realidade online pode oferecer benefícios para quem trabalha com maconha, mas também existem riscos.

Do patrocínio de eventos à compra e entrega de CBD em sua casa usando blockchain, a cannabis já está conquistando espaço no metaverso.

Dentro desse espaço, a maconha pode encontrar algo que raramente encontra online: exposição da marca.

Em vez de precisar contornar as proibições de anúncios, a web3 (metaverso) oferece várias maneiras pelas quais as marcas de maconha podem se conectar com consumidores, investidores e compradores.

“O mundo Web3 é outra maneira de atingir um consumidor, e as marcas que testarem esse espaço serão recompensadas”, disse à Benzinga Brett Fink, sócio do estúdio de risco GRTR.

Fink disse que a web3 e sua plataforma menos regulamentada estão mudando as regras do mundo digital: “Em 15 anos, as pessoas olharão para a web3 e a tecnologia descentralizada como agora olhamos para a internet (web2)”, observou ele.

Especialistas acreditam que o metaverso e a tecnologia web3 vieram para ficar. Portanto, a adoção antecipada pode ser crucial para o crescimento bem-sucedido dos negócios por meio de marketing, captação de recursos e uma lista crescente de oportunidades.

Oportunidades

Christine De La Rosa, CEO e cofundadora do The People’s Ecosystem e The People’s DAO (Organizações Autônomas Descentralizadas), também acredita que a cannabis será mais livre para operar no metaverso.

“As esperanças de muitos fundadores de empresas de cannabis é que encontramos nosso lugar governado pelo povo e não pelo governo”, disse De La Rosa à Benzinga, acrescentando que o The People’s DAO, seu projeto, foi lançado para ajudar a investir em empreendimentos de cannabis liderados por mulheres.

De La Rosa prevê que empreendimentos menores de cannabis seguirão um caminho semelhante, angariando fundos sem capital de risco, capital privado e outros métodos institucionais.

As oportunidades de exposição da marca parecem melhores, com patrocínio de eventos ao vivo e coleções de NFT ligadas à maconha, servindo como principais exemplos até agora.

Kyle Rosner, participante do metaverso e diretor de relações com a mídia da empresa de cannabis 420interactive, disse: “As maiores e melhores marcas de cannabis que utilizam NFTs/Web3 serão aquelas que criam associações [como fidelidade de clientes]”, oferecendo vantagens, como convites para festas e descontos.

Riscos

O futuro do metaverso é muito parecido com a legalização da cannabis: incerta, mas muito otimista.

A falta de regulamentação da maconha à nível federal nos Estados Unidos (sede da maioria das empresas do metaverso) gera dúvidas sobre a operação de empresas cannábicas nesse espaço virtual.

Apesar de ser um espaço descentralizado, a web3 funciona com empresas que ainda seguem a legislação ”do mundo real”. A Meta Platforms Inc (antigo Facebook), por exemplo, ainda restringe conteúdos relacionados à planta tanto na web2, quanto na web3.

Por outro lado, a CEO da Akerna Corp, Jessica Billingsley, disse à Benzinga que a Meta adere à lei federal, mas nem todos os mundos digitais farão o mesmo.

Billingsley destacou o Decentraland como uma opção potencial que poderia ser “menos dependente da lei federal dos EUA e, portanto, mais aberta ao conteúdo relacionado à cannabis”. A Decentraland usa a criptomoeda MANA apoiada pela blockchain Ethereum, chamando a si mesma de “o primeiro mundo virtual comandado por seus usuários”.

Em setembro de 2021, a comunidade do metaverso Crypto Cannabis Club (CCC) organizou um evento centrado em maconha na Decentraland. Em fevereiro de 2022, a CCC anunciou o lançamento de uma linha de produtos premium, apoiada por sua coleção de NFTs.

Em resumo, apesar do cenário otimista, até que as leis federais mudem, a cannabis enfrentará os mesmos problemas no metaverso que enfrentam hoje online, porque existem as mesmas preocupações.

A realidade

O dispensário Higher Life CBD lançou uma loja no metaverso, onde as pessoas podem comprar produtos com criptomoedas e receber na porta de casa, de forma real. Muitos acreditam que esse possa ser o futuro de vendas de maconha no mundo.

Mas, especialistas apontam que a maconha ainda pode enfrentar um caminho muito mais árduo antes que as vendas em massa possam ocorrer.

As regulamentações em relação à planta continuarão sendo uma preocupação em todos os níveis no futuro próximo. Billingsley, da Akerna, disse que “várias questões fundamentais precisam ser abordadas, como comprovação de conformidade, regulamentos de publicidade e muito mais”.

Por exemplo, pelo fato da web3 ser um espaço descentralizado, fica mais difícil você regulamentar os produtos que estão sendo comercializados lá. Ás vezes, vão existir propagandas sensacionalistas e produtos sem controle de qualidade sendo vendidos em larga escala para @s usuá[email protected]

Embora esses tópicos sejam um ponto de atenção, alguns acreditam que o maior benefício da conexão entra maconha e metaverso é que a cannabis encontrará um espaço para ser divulgada sem restrições, independentemente do cenário regulatório.

“Assim como a Web 2.0, haverá maneiras diferentes e criativas de a cannabis existir, e as empresas de cannabis tornarem seus negócios conhecidos”, disse Harrison Jordan, advogado de cannabis, COO da NFTMarketingPros e colecionador de NFT.

E você, o que acha sobre a maconha no metaverso?

Se quiser entender mais sobre o mercado da cannabis, hempreendedorismo e sobre a Green Rush, faça parte do Ganja Talks University e esteja preparado para o futuro da maconha – seja no metaverso ou em qualquer outro lugar.

Fonte: Benzinga

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