A maconha apresenta inúmeros benefícios, mas como toda substância que causa alterações em nós, existem casos de contraindicações.

A erva possui diversos benefícios e tem sido usada de forma positiva para uma série de finalidades, com mais de 500 aplicações em áreas diversas.

A eficácia da maconha para diferentes condições de saúde é comprovada a cada dia, através de um crescente número de pesquisas científicas.

O uso recreativo não fica de fora: consumir maconha para relaxar, para criatividade, para socializar, entre outras atividades, é uma forma de aproveitar dos benefícios da ganja e até mesmo substituir outras substâncias recreativas, como por exemplo o álcool, que tende a ter efeitos colaterais mais negativos.

Porém, não é sempre que a cannabis apresenta efeitos positivos. Em algumas situações, o uso da planta é contraindicado.

Isso se aplica principalmente com o uso do THC, por conta de suas propriedades psicoativas. Porém, ressaltamos que, ao mesmo tempo, existem muitas indicações para esse canabinóide.

De qualquer forma, para consumo terapêutico da maconha, é sempre indicado acompanhamento médico.

Levando isso em consideração, entenda quando evitar a erva:

1. Adolescência

O cérebro humano não termina de se desenvolver até os 25 anos, tornando os jovens mais vulneráveis aos impactos da cannabis na saúde do que a maioria dos adultos.

O uso de cannabis no início da adolescência pode alterar a estrutura do cérebro à medida que se desenvolve.

O uso diário ou quase diário também parece ter efeitos diferentes nos jovens do que nos adultos, como problemas duradouros de atenção, memória e outras funções mentais.

Embora o risco de se tornar dependente de cannabis seja relativamente baixo (aproximadamente 9% dos usuários), é muito maior para pessoas que usam cannabis desde muito novas, como os adolescentes.

O uso precoce também aumenta o risco de apresentar sintomas psicóticos ou desenvolver esquizofrenia.

2. Problemas no coração e pulmões

O THC aumenta a frequência cardíaca, portanto, pessoas com problemas no coração devem evitar o consumo desse canabinóide.

Quem tem algum problema nos pulmões, o consumo através da vaporização deve ser evitado (não só da maconha, como qualquer outra substância vaporizada).

3. Ansiedade e síndrome do pânico

Para quem tem muita ansiedade ou síndrome do pânico, o THC também pode piorar a situação, levando a sensações desconfortáveis, como paranoia, pensamento mais acelerado, dificuldade para dormir e aceleração do batimento cardíaco (como mencionado acima).

Porém, o CBD tem sido apontado como um aliado para essas condições, principalmente porque ele contrabalança os efeitos do THC, portanto, o canabidiol ajuda a relaxar, a dormir e diminuir a ansiedade.

4. Questões de saúde mental

De maneira complementar, o THC – por ser psicoativo – também pode desencadear outras questões de saúde mental, principalmente se já existe algum tipo de predisposição na pessoa.

Estudos científicos analisaram a conexão entre o uso de cannabis e a psicose, e descobriram que o uso intenso de cannabis, principalmente se houver um histórico de doença mental na família, pode desencadear uma reação psicótica, e o uso regular pode aumentar o risco de algumas pessoas experimentarem episódios psicóticos mais duradouros.

Pessoas com depressão e transtorno bipolar podem experienciar efeitos negativos com o consumo de THC.

As evidências não mostram que a cannabis causa diretamente a esquizofrenia, no entanto, as pessoas que a usam em uma idade jovem ou diariamente/quase diariamente ao longo de meses ou anos, têm maior risco de desenvolver a doença.

5. Interação com outras medicações

A cannabis pode interagir com vários medicamentos.

Isso acontece, principalmente, com qualquer produto que reduza a velocidade do sistema nervoso central, causando sonolência. Estes podem incluir pílulas para dormir, tranquilizantes, alguns analgésicos, alguns medicamentos para alergia ou resfriado ou medicamentos anticonvulsivos.

Outros produtos que podem interagir com a cannabis incluem: medicamentos antirretrovirais usados para tratar HIV/AIDS, certos antidepressivos, inibidores de ácido estomacal, certos medicamentos antibióticos e antifúngicos, certos medicamentos para o coração.

Ao fazer algum tratamento médico, sempre informe o(a) profissional sobre o uso de maconha.

6. Direção

É contraindicado dirigir sob efeito de maconha, principalmente pelo fato do THC alterar nossa percepção, e enquanto dirigimos, é necessária plena atenção para evitar acidentes.

Vários estudos mostram que o risco de se envolver em um acidente de trânsito aumentou significativamente após o uso de maconha.

Mais uma vez vale ressaltar que a cannabis pode, sim, trazer diversos efeitos benéficos e é indicada para uma série de condições.

Mas é sempre importante entender suas limitações para o consumo seguro não só da planta, como de qualquer outra substância.

Fontes: Health Canada; WebMD

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