As vendas globais de maconha legal para uso medicinal e adulto chegaram a US$ 41 bilhões em 2021. Esse valor pode chegar a US$ 105 bilhões até 2026, segundo relatório da Prohibition Partners.

O mercado canábico legal só cresce, ano após ano. Mesmo durante a pandemia, este mercado dobrou de tamanho.
Os dois principais fatores que explicam esse ”boom” são: maior número de países e estados norte-americanos legalizando a planta, o que acaba alargando este mercado; e, com isso, mais pessoas consumindo a planta tanto medicinalmente, quando recreativamente, o que leva a maiores lucros globais.
Segundo dados da Prohibition Partners, especialistas em dados sobre a cannabis, até o final de 2021, Uruguai, Canadá e 21 estados norte-americanos tinham legalizado totalmente o uso adulto.
Em relação ao uso medicinal, mais de 55 países legalizaram, seja a produção e consumo, ou a importação de medicamentos à base da planta.
Isso equivale a pouco mais de uma em cada cinco pessoas no planeta vivendo em um país ou estado com acesso à medicina canabinóide. Um número elevado, considerando que na virada do século praticamente zero pessoas tinham acesso a medicamentos à base de maconha.
Na região latino-americana, quase a metade dos países integrantes já legalizou o uso da planta para fins terapêuticos. Segundo o relatório Cannabis – Pesquisa, Inovação e Tendências de Mercado, divulgado em 2021, que desenha o panorama e avalia tendências do setor nos âmbitos científico e de negócios, só a América Latina deve responder por US$ 824 milhões dos US$ 55,3 bilhões estimados para o mercado mundial de cannabis no ano de 2024.
No Brasil, apesar dos entraves que estão bloqueando o avanço do Projeto de Lei que visa regulamentar os usos medicinal, científico e industrial, o tema vem ganhando força.
Mesmo com as barreiras regulatórias, a tendência é que a comercialização de produtos à base de canabinóides avance perante os recentes posicionamentos do legislativo brasileiro, que já vem criando novas regulamentações para o setor.
No ano passado, a importação de medicamentos à base de CBD bateu recorde no país. Segundo relatório publicado pela Anvisa, foram importados US$ 13 milhões em produtos que contêm a substância. Até agora, 18 produtos derivados da cannabis já foram autorizados pela Agência para serem comercializados no Brasil, aderentes às normas da RDC 327/19.
Conforme estudo da New Frontier Data, publicado em 2021, o Brasil pode atingir, até 2023, R$ 4,7 bilhões com a comercialização de produtos para uso terapêutico da planta.
Esta perspectiva também está ligada ao fato de que quanto mais pesquisas são publicadas em nível mundial comprovando os benefícios do CBD medicinal para tratamento de inúmeras patologias, mais oportunidades vêm se abrindo para o desenvolvimento de novos produtos em diversas apresentações. Os óleos com canabidiol são os mais comuns, mas também já existem desde cosméticos até sprays formulados com canabinóides.
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Como visto, o mercado medicinal de cannabis no Brasil só cresce, mesmo com a falta de uma ampla regulamentação. Quando houver a legalização, as expectativas de crescimento deste mercado são altas.
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Fonte: Terra