Assim como toda indústria, a indústria canábica também tem práticas que podem prejudicar o meio-ambiente. Porém, existem formas de trazer mais sustentabilidade para a área.

Apesar de ser chamada de ”indústria verde”, ”Green Rush”, é preciso um esforço considerável para, de fato, permanecer verde (no sentido ecológico da palavra).
A demanda da cannabis por água, terra, iluminação artificial e embalagens de uso único pode deixar uma grande pegada ambiental se não tomarmos cuidado.
Mas algumas práticas ecologicamente conscientes podem ajudar a trazer mais sustentabilidade à indústria canábica.
1. Regulamentações ”eco-friendly”
Dificilmente, as regulamentações legais que envolvem a maconha adotam medidas ecológicas.
Sem diretrizes dos governos que imponham regras para práticas mais sustentáveis de cultivo e embalagem, a indústria legal acaba usando práticas pouco ecológicas.
Por exemplo, poucos estados dos EUA que já legalizaram permitem o cultivo ao ar livre, uma alternativa muito mais eficiente ao cultivo indoor de larga escala, em termos energéticos.
Muitos mercados regulamentados exigem o cultivo interno de maconha por razões de “segurança”.
Além disso, requisitos rigorosos de segurança para crianças nas embalagens de cannabis e produtos canábicos levaram ao aumento do uso de embalagens descartáveis, o que contribui para o desperdício de plástico.
Felizmente, muitas empresas já buscam alternativas ecológicas para essas questões.
2. Redução de consumo de energia
Como mencionado, em alguns lugares, o cultivo deve ser feito indoor.
A maioria dos métodos desse cultivo requer uma quantidade excepcional de eletricidade, tanto para iluminação, quanto para ventilação, sistema de aquecimento ou resfriamento, controle de umidade…
Em última análise, a melhor maneira de ajudar a reduzir a pegada de carbono da indústria legal de cannabis é transferir a produção do indoor para o outdoor.
Porém, temos que encarar a realidade: muitos locais ou países não conseguem manter uma produção outdoor o ano todo, não só por conta das regulamentações, mas também pelo clima.
Nesse caso, algumas soluções para tentar minimizar o alto consumo de energia no cultivo interior são:
- Usar iluminação de LED, que consome menos energia, mantém as temperaturas mais baixas e reduzi a perda de água por evaporação
- Adotar energia solar e eólica
- Usar sistemas de água gelada para desumidificação e resfriamento em oposição aos sistemas tradicionais de aquecimento, ventilação e ar condicionado (HVAC)
3. Reduzir o uso de plásticos
A maneira como a maconha legal é embalada também tem um impacto ambiental.
Embora seja importante (e legalmente exigido) fornecer aos consumidores embalagens ”à prova de crianças” e rótulos com todas as informações, há uma quantidade preocupante de resíduos plásticos por causa disso, contribuindo para cerca de 150 milhões de toneladas de resíduos ligados à cannabis produzidos anualmente, nos Estados Unidos.
À medida que a indústria da cannabis está crescendo à nível global, cresce também a necessidade de soluções de embalagens sustentáveis.
Empresas e consumidores de cannabis podem diminuir o uso de plástico ao:
- Investir em iniciativas de reciclagem, como oferecer aos consumidores um pequeno desconto para trazer embalagens plásticas que podem ser reutilizadas
- Optar por alternativas ecológicas ao plástico, como bioplásticos, papelão reciclado, vidro ou cânhamo
- Cultivar maconha em casa (se possível)
4. Diminuir o uso de água e de pesticidas
O cultivo de cannabis pode ser altamente intensivo em água.
O cultivo em larga escala de qualquer cultura, especialmente culturas sedentas de água, como a maconha, muitas vezes pode causar esgotamento da água a taxas alarmantes de desperdício.
De acordo com a empresa especialista em dados sobre a cannabis, New Frontier Data, as culturas legais e ilegais de maconha usaram cerca de 2,8 bilhões de galões de água em 2020, com esse número previsto para quase dobrar até 2025.
Além do uso excessivo de água, é sempre importante estar atento aos produtos químicos e pesticidas ocultos envolvidos nos produtos que estamos ingerindo.
De uma perspectiva de saúde e sustentabilidade, há algumas coisas que pequenos e grandes produtores podem fazer para ajudar a manter os consumidores e o meio-ambiente seguros:
- Usar aquíferos para obter água pura
- Recolher a água da chuva para regar as plantas
- Mudar para pesticidas e fertilizantes naturais
- Adotar práticas regenerativas de cultivo
A Dragonfly Earth Medicine é especialista em práticas regenerativas de cultivo, usando apenas a natureza para cultivar a natureza. O Josh e a Kelly, da DEM, focaram toda sua vida à ecologia, e eles ensinam sobre cultivo orgânico de cannabis no Ganja Talks University!
Vem aprender todas as dicas desse tipo de cultivo e fazer a diferença no ”mundo verde da cannabis”!
Fonte: Leafly