A UFRN realizou, de forma virtual, nos dias 27 e 28 de dezembro de 2022, por meio do Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais e do Grupo de Pesquisa Mytos Logos, em parceira com a sociedade civil organizada (Coletivo Antiproibicionista de Estudantes e Demais Frequentadores do Setor II da UFRN CannabisAtiva), o XIII Ciclo de Debates Antiproibicionistas da UFRN Leilane Assunção, intitulado “A Articulação Nacional de Marchas da Maconha, um exemplo de movimento social no Século XXI”. Esse Ciclo de Debates é o evento científico acadêmico antiproibicionista de maior regularidade na América Latina, e, talvez até no mundo (seria necessário um levantamento), ele acontece anualmente desde 2010.

Ao longo de mais de uma década de esforços científicos, o ciclo contou com uma trajetória de debates que abordaram inúmeras temáticas, as quais problematizam o fenômeno da proibição de substâncias enxergando seus danos e prejuízos à sociedade. O evento prima por uma ciência complexa, debruçando-se em olhares e perspectivas conexas, entre vários ramos dos saberes, a exemplo, biologia, ciências sociais, saúde, ciências agrárias, etc. Um ciclo que nasceu com o objetivo de fomentar o conhecimento, ensino/aprendizado dentro dos processos de instrução e formação ao operar na aproximação entre sociedade e ciências.

Esse ano o ciclo chegou a sua décima terceira edição buscando trazer para o centro das discussões um movimento de organização relativamente nova a Articulação Nacional de Marchas da Maconha (ANMM), criada em 2020, durante um contexto pandêmico, contexto esse que nos fez ter que lidar com a apropriação e melhoramento das ferramentas virtuais, novas formas de fazer movimento social, assim como o contexto de reabertura do contato social, que agora em 2022, trouxeram novos desafios de como lidar com esse hibridismos entre virtual e presencial. O alcance que essa rede chamada ANMM tomou enquanto sociedade civil organizada no Brasil são dignos de estudos e trabalhos etnográfico profundos e complexo, que levem em conta suas características, de formação, de educação, de afetividade, de amparo e apoio, às suas ações concretas, intervenção na PL 399/2015, campanha #DescrimilanizaSTF, intervenção na Conferência Nacional de Saúde Mental, as suas ações dialógicas e suas disputas de narrativas, pela luta antimanicomial, antiracista, pela pauta, LGBTQIAP+, do capacitismo, da transfobia, que levem em conta também suas característica de organização, seus princípios e métodos de trabalho. E, por mais que esse ciclo não dê conta de uma tarefa desse nível de complexidade, que ele sirva minimamente para gerar o debate inicial propulsor de muitas outras pesquisas científicas que virão.

Uma novidade positiva é que, quem perdeu o evento ainda tem a possibilidade de conseguir o certificado de participação até 31 de janeiro de 2023, basta assistir os dois dias de evento que ficaram gravados no canal do youtube, depois de assistir a todos os vídeos o usuário preenche esse formulário e aguarda as instruções em seu email do procedimento necessário para receber o certificado da UFRN.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.