A inteligência artificial já é uma realidade, tirando os robôs do imaginário distópico e nos apresentando sua real aparencia e funcionalidade para o dia-a-dia. Máquinas que aprendem com a gente, de acordo com o que (e como) a alimentamos, fazem parte da nossa vida para melhorar e facilitar o dia, como o caso da Alexa e dos atendimentos automáticos.
Com o boom recente do chatGPT, que cria textos incríveis em poucos segundos, ou Midjourney, um gerador de imagens de capacidade ainda desconhecida, o que entrou em pauta foi: a inteligência artificial pode substituir os humanos quando falamos de arte?
O recurso utilizado para todas essas plataformas se chama “machine learning”, onde a IA utiliza dados produzidos por pessoas para “aprender”. Na produção de imagens, por exemplo, as máquinas são abastecidas com várias obras, criando assim um padrão, permitindo-as criar a sua própria “peça de arte”.
A discussão é mais abrangente do que parece. A arte é a expressão da alma humana, então é claro que muitos discutem se as imagens que as IAs produzem seja de fato arte, ou apenas uma representação. Essa é uma resposta complexa, até porque, não sabemos bem até onde vai o conceito de “arte” e sabemos que limitar “o que é arte” não é lá uma coisa muito boa.
O que sabemos é que tudo o que é novo assusta, e já passamos por esse questionamento (do que é arte) diversas vezes a cada novo formato, estilo e ferramenta utilizada para produzir arte.
Mas bem como menciona Lídia Ziun nesse artigo, as IAs não precisam substituir artistas, pelo contrário, elas podem estar aqui para somar, para ajudar a criar algo totalmente novo. “Diferentes artistas têm usado essas plataformas generativas para testar os limites e as possibilidades da IA. Seja tentando “quebrar” a lógica do input ou então usando os resultados como base para a criação de novas artes híbridas, as maneiras de se trabalhar em conjunto com a IA são variadas e podem ser consideradas muito mais de um ponto de vista de ferramenta do que de substituição”, disse no artigo.
O que não podemos negar é que o resultado é estonteante. E que ainda não aprendemos muito bem como utilizar essa nova tecnologia e a até que ponto ela pode ir. Substituir artistas não é o foco. Assim como as máquinas de costura não substituem a costureira, sua criatividade e estudos pessoais, mas quantas possibilidades se abrem com uma novidade?
E se o futuro da arte perpassa pela tecnologia, assim como o futuro de todo trabalho, podemos imaginar que a IA possa ser utilizada, em um futuro próximo, também como forma de liberar artistas de tarefas contínuas e extenuantes, que as máquinas sejam capazes de criar, e concentrar seu tempo em sua criatividade, possibilitando novas formas de criar arte.
Fonte: O Futuro das Coisas, DFE-UEM