No dia 8 de março, celebramos o Dia Internacional das Mulheres, uma data que representa a luta feminina por direitos iguais e por uma sociedade mais justa e inclusiva. Mas, você sabia que a origem dessa data vai muito além do trágico incidente ocorrido em uma fábrica têxtil de Nova York em 1911?
Na realidade, a história do Dia Internacional das Mulheres começa no final do século 19, quando mulheres de diferentes partes do mundo começaram a se mobilizar em busca de melhores condições de trabalho. Elas lutavam pela redução da jornada de trabalho exaustiva, pelo fim do trabalho infantil e por salários mais justos.
Em 1908, cerca de 1500 mulheres nos Estados Unidos se uniram em uma manifestação em prol da igualdade econômica e política no país. No ano seguinte, o Partido Socialista dos EUA oficializou o Dia Nacional da Mulher em 28 de fevereiro. A partir daí, a ideia de uma data dedicada às mulheres começou a se espalhar pelo mundo.
Em 1910, durante a II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas na Dinamarca, foi aprovada a criação de uma data anual para a celebração dos direitos da mulher. O objetivo era também obter apoio para a aprovação do sufrágio universal, ou seja, o direito das mulheres também votarem.
No entanto, foi somente em 1917, durante a Primeira Guerra Mundial, que eclodiu um dos protestos mais emblemáticos da história das mulheres. Na Rússia, aproximadamente 90 mil operárias manifestaram-se contra o Czar Nicolau II, lutando contra as más condições de trabalho, a fome e a participação russa na guerra. O levante ficou conhecido como o protesto “Pão e Paz”.
Em 1921, foi oficializado o Dia Internacional das Mulheres como a data de 8 de março. Desde então, a luta feminina por direitos iguais e por uma sociedade mais justa e inclusiva tem sido constante. Em 1945, a Organização das Nações Unidas (ONU) assinou o primeiro acordo internacional para a igualdade de gênero.
Por isso, o Dia Internacional das Mulheres é muito mais do que uma data para presentear com flores. É uma oportunidade para refletir sobre a luta das mulheres e sobre a importância de se unir a essa causa. Uma oportunidade de vermos a nossa história, ainda tão recente, de independencia e equidade. Lutamos para promover a equidade de gênero, pelo acolhimento de mulheres em situação de violência, pela capacitação e inserção no mercado de trabalho e pelo empoderamento feminino.
“Não sou livre enquanto outra mulher for prisioneira, mesmo que as correntes dela sejam diferentes das minhas.” – Audre Lorde
