O tiktok é a rede social do momento. Uma das suas melhores funcionalidades é, justamente, o algoritmo utilizado. Inclusive, o modelo diferenciado do TikTok fez com que redes sociais já consolidadas no mercado, como Instagram e Facebook, repensassem seus próprios algoritmos.
A distribuição de conteúdo que o app propõe acontece através de duas páginas diferentes: a página “seguindo”, que mostra o conteúdo das pessoas que o usuário segue, e a página “para você” (ou, for you page, também conhecida como FYP), onde o usuário encontra conteúdos diversos levando em consideração seus interesses individuais. A FYP é interessante porque, lá, todos os conteúdos são alcançados pelo público de interesse, independente do número de seguidores ou curtidas, ou seja, todos têm chances de viralizar seu conteúdo.
O resultado social desse algoritmo é interessante: por tratar-se de um algoritmo que considera interesses pessoais, muitas pessoas acabam se conectando umas às outras por interesses em comum, criando assim comunidades de pessoas que trocam experiências, vivências, identificação e acolhimento.
Atualmente, o que mais conhecemos no TikTok são as dancinhas, justamente pelo algoritmo contar também como interesse em comum, as músicas utilizadas nos conteúdos. Mas ele pode ir além.
O Booktok, comunidade que se comporta como um clube de leitura moderno, já foi até notícia. Entre os destaques também temos o Sciencetok, um espaço dedicado à aprendizado e curiosidades do mundo da ciência; o Studytok, onde os estudantes e vestibulandos trocam experiências e dicas de estudo e produtividade; a comunidade True Crime, para os que adoram desvendar um mistério; o Cleantok, onde também se troca dicas de limpeza e organização, além de vídeos satisfatórios de limpeza; e, por último mas não menos importante, temos o carinhosamente chamado de “Pobretok”, com a realidade simples do dia-a-dia, dicas de economia e ideias de novos negócios para quem quer alcançar a independência financeira.
Além de dicas e entretenimento, as comunidades também são grandes redes de apoio. Como a da Saúde Mental, que troca experiências compartilhadas e exercícios de controle de emoções, incentivos, depoimentos – como uma verdadeira terapia em grupo. Ou a comunidade de Maternidade Real, onde mães compartilham os desafios e delícias da maternidade.
No TikTok também vemos a união de pessoas com vivências parecidas, é lá que hoje a comunidade LGBTQIA+ mais jovem se encontra e se reconhece; é lá também que a comunidade negra compartilha experiências de dor e luta, histórias e sabedorias ancestrais, além de, claro, vitórias do dia-a-dia.