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Em Campinas, família ganha direito de cultivar cannabis em casa

Após anos de batalha para conseguir um bom tratamento para os filhos, um casal no interior de São Paulo conseguiu o habeas corpus para cultivar maconha em casa.

Em Campinas, no Estado de São Paulo, uma família conseguiu o direito de cultivar cannabis para fins medicinais. O casal conquistou o habeas corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), para o tratamento de seus dois filhos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Antes de conseguir o habeas corpus, a família não conseguia pagar pelo tratamento com óleo de CBD. A versão importada do óleo é muito cara e eles estavam com problemas para comprar a medicação de uma associação de pacientes medicinais, principalmente por conta do fornecimento.

Após passar por tratamentos com remédios comuns e ver a efetividade da cannabis, a família decidiu procurar a Defensoria para solicitar a autorização de cultivo em casa.

A defensora Lúcia Reinert cuidou do caso e apoiou a família. No processo, ela relatou sobre os valores dos medicamentos à base de cannabis no Brasil, que custam mais de R$ 2,5 mil por um frasco pequeno. Como o casal não tinha dinheiro, eles foram atrás da Associação Abrace Esperança, que é a única autorizada a cultivar e distribuir remédios à base de maconha no Brasil.

Infelizmente, a demanda da associação é muito grande e, por isso, o fornecimento pode não acontecer da forma esperada. Assim, o tratamento acaba dependendo de muitas questões e só o cultivo parecia ser uma solução.

De acordo com o doutor Marcos Antonio Barbieri, psicólogo da Defensoria Pública de São Paulo, as crianças apresentaram melhoras significativas desde que começaram o tratamento com cannabis, em abril de 2019. Ou seja, a planta realmente está funcionando como um poderoso remédio para ajudar essas duas crianças.

Com o cultivo medicinal, a família vai  produzir o seu próprio óleo medicinal, possibilitando um tratamento mais eficaz e de baixo custo. A família vai conseguir ajustar as doses conforme produzirem o óleo. Assim, eles poderão entender qual é a melhor dosagem para os seus filhos.

Via Estadão